24 de setembro de 2009

A cópia do Vovô!

Aproveitei que PH está dando um cochilinho para postar as últimas dele. Hoje me deu um trabalhão para tomar banho depois que chegou da escola, porque estava com o joelho ralado. Brincando de correr com a “turma do barulho” da escola, deu uma esbarrada num deles e caiu. Chorou o banho todo e não quer andar porque dói. Deitou no sofá depois do almoço e adormeceu. Tentei levá-lo até a cama, mas não teve acordo. Quis ficar no sofá com a tv ligada e dormindo. Nisso puxou ao avô!

Ontem ele ficou com raiva porque não eu não fiz os benditos bolinhos fritos (receita da minha avó) e brigou comigo parecendo gente grande: “Eu não sou mais o seu ‘fufuco.’ Você só pensa em você. Não pensa em mim e nem no meu pai.” (Fufuco é um apelidinho carinhoso que ele me deu e que nos chamamos assim de vez em quando. Desde novinho dou apelidinhos à ele e agora faz o mesmo comigo.) Tive que ficar séria e depois me escondi para rir. Ele nos surpreende com uns pensamentos ou frases muito adultas às vezes. E que fique registrado que não fiz o bolinho frito porque já tinha feito no dia anterior e o lanchinho já estava pronto e servido.

Há uns dois dias PH me pediu água e exigiu que misturasse gelada e natural. O argumento utilizado por ele foi: “Água misturada é igual a leite: tem cálcio e deixa os ossos fortes.” Ele tem argumento ou justificativa para tudo.

Amanhã é o aniversário de Thiago, o melhor amigo dele da escola. Ontem fui comprar o presente e quando chegou da escola me disse que queria ficar para ele e que não precisaria ir à festa. Me lembrei de uma história que Dona Gracinha (da banca de revista aqui ao lado) acabara de me contar. O filho dela fez o mesmo que PP quando era pequeno. Só que foi mais longe ainda. João Paulo disse que nem gostava de festa, por isso preferia ficar em casa com o presente para ele.

Essa molecada nos surpreende sempre.

16 de setembro de 2009

Abaixo o tabagismo!


Essa semana Pedro Henrique protagonizou uma cena muito engraçada. Estávamos vindo do supermercado que tem aqui pertinho de casa. Tinha chovido muito e ainda estava chuviscando. Ele veio o caminho todo reclamando que a chuva estava sujando a camisa dele. Quando chegamos ao prédio, ainda na garagem, ele soltou a minha mão. Falei para ter cuidado porque tinha muita lama, que formou com a água da chuva e a sujeira preta que tem nas garagens de prédios. Ele se distraiu olhando o pedreiro que estava trabalhando e só ouvi a pancada e o choro. PP caiu de barriga e cara na lama. Tinha lama até na boca. Quase não para de chorar. Só ralou um pouco o braço e a testa. Depois que o socorri e que vi que estava tudo bem, achei muito engraçado. Faltou uma filmadora bem na hora para registrar essa cena.

Ontem estávamos subindo no elevador quando um senhor,bem vestido, de camisa social e gravata, entrou. Ele tinha acabado de fumar e jogar a piola do cigarro fora, mas do mal cheiro ele não conseguiu se livrar. Ele ficou parado, em frente ao painel dos botões do elevador e PH começou a encará-lo. Como o homem não olhava, ele foi para frente e ficou olhando bem na cara dele, até que o senhor olhou. PH falou, abanando o nariz: “Eco! Que nojo! Que catinga de fumaça!” Fiquei morta de vergonha, mas o homem levou na esportiva e disse: “É, meu filho, nunca faça isso.”

PP é muito enjoado com várias coisas. Tento combater, mas as vezes não consigo. Ele acha feia gente gorda (nisso incluem-se o pai e a mãe, kkk), não gosta de gente velha e nem de mau cheiro. Ontem ele me falou: “Eu te amo, mamãe. E sempre vou te amar, até você ficar velha.” Aí perguntei se ele me amará quando eu estiver velha. A resposta não poderia ser outra: “Aí eu não vou te amar porque você vai ser velha, com a pele cheia de carocinhos e vai ser uma vovozinha.”

Ele voltou a dar trabalho para comer. Mas não é todo dia. Tem dias que come mais do que eu, mas não acontece sempre. Ele sempre tem uma desculpinha nova. Semana passada ele falou: “Mãe, não é que eu não quero comer mais não. É que as minhas pernas tão cansadas. Elas não vão agüentar o peso da comida que ta entrando e indo pra elas. Se eu comer mais, as minhas pernas vão ser esmagadas.” Haja criatividade!

Primeira foto de PH com o papai.


E haja curiosidade também. Ele me perguntou quem nasce em João Pessoa o que é. Aí respondi que é pessoense. Então perguntou se Painho é pessoense. Falei que não, que ele e Mainha nasceram em Pombal, no interior. Ele foi logo me dando uma aula sobre a sua origem: “Não. Não é assim não. Olhe, vocês tavam na barriga de outra pessoa. Aí vocês nasceram e cresceram e Deus apareceu, aí vocês pediram eu. Mas aí eu vim errado.” Perguntei o por que dele ter vindo errado e falou: “Eu vim desobediente. Mas eu não tô desobediente mais não, viu? Não precisa mais me devolver na concessionária.” Ele estava desobedecendo muito dia desses, aí o pai inventou que se continuasse assim, iria lá na loja que o comprou e trocaria por um menino obediente.

4 de setembro de 2009





O soldado mais lindo da tropa.







Essa última semana aqui em casa foi bem tranqüila porque PH estava gripado. Febre é a única coisa que faz ele acalmar e ficar quieto e foram três dias seguidos de moleza, ou como ele diz: “moneza”. Para compensar, desde ontem ele não pára um só minuto. Acabou a febre, acabou a paz. Ainda não o mandei a escola porque, da mesma forma que não gostaria de ver uma criança gripada perto dele, sei que nenhuma outra mãe quer. Então já dá para imaginar como está aqui em casa: tudo revirado. Brinquedo espalhado em cima da mesa, da cama, pelo chão. O pior é que sempre que mando guardar, Pedro Henrique diz que não pode porque está muito cansado, com as mãos fraquinhas que não conseguem segurar nada. Aí faz cara de cansaço, curva os ombros e mostra os braçinhos sem força. É muito engraçado!

Fui descansar um pouco hoje e por duas vezes me furei com palitos de dente por baixo dos lençóis. Ele subiu num banquinho (o que usa para ficar mais alto para escovar os dentes e para ficar de castigo) e pegou os palitos que estavam na bancada da cozinha. Colocou vários espetados numa folha de caderno e disse que era um recado para o pai. Só que depois, tirou todos eles do papel e brincou que eram carrinhos e estavam numa corrida em cima da cama. Haja criatividade!

A novidade da semana é que comprei uma revistinha para ele chamada “Brincando e Aprendendo” e, por incrível que pareça, PP já está fazendo caça-palavras sozinho. Ele olha a ordem das letras e procura o que está igual. Fiquei boba, mas o moleque faz direitinho. E já faz palavra-cruzada também. É claro que para crianças, mas ele só tem 4 anos e já reconhece todas as letras e escreve algumas.

Por causa da gripe de PP, não tenho muito o que postar. Ficamos de castigo em casa e ele quase não aprontou nada. O lado bom da gripe, se é que existe lado bom em ver um filho doente, é que ele fica mais carinhoso. Me abraçou e beijou várias vezes ao dia. Mas como está melhor, já está voltando ao normal. Hoje ele falou que vai pedir ao pai para trocar de mãe porque estou muito chata e brigando muito com ele.