25 de fevereiro de 2010

Escola nova


Os primeiros dias de aula do PP estão sendo maravilhosos. Ele não dá nenhum "tchausinho" quando vou embora. Já está enturmado, mas diz que as meninas da sala são mais legais que os meninos. Acho que ele não se deu tão bem com os garotos porque eles só jogam futebol no recreio e, cá para nós, a coordenação motora do meu filho não é lá essas coisas. Ele disse que os coleguinhas só ficam mandando sentar no banco. Coitadinho do meu filhotinho!!! Mas esse problema vai acabar rapidinho, porque começaram as aulas de futebol de salão e ele até que está empolgado em aprender. Eu achava que os outros meninos dariam um banho nele, mas vi que, por causa da idade, estão quase todos no mesmo patamar. Também começaram as aulas de natação e PP até que está nos surpreendendo. Ele já está pulando na piscina sem medo e diz que já é um rapazinho e que não precisa de bóia porque já sabe nadar. Agora precisamos dobrar a atenção, porque o danadinho pula na piscina sem bóia e sem um adulto perto. É engraçado muito legal levá-lo ao futsal e à natação, porque o que mais escutamos é o professor falar: "Pedrinho..." Ele passa o tempo todo bagunçando e brincando. Quando teve que sair do jogo para os outros entrarem, comentou com a gente: "Por um instante eu achei que era alérgico a bola de futebol." Ele falou isso porque estava chateado por não ter feito um gol. Ele me pediu para gravar uma declaração sua no celular sobre o futsal. Suas palavras foram: "Futsal é um negócio de arrepiar. Você precisa de força pra chutar a bola e tem que correr e deixa a gente muito cansado. Temos que manter os braços fortes e os dentes limpinhos pra poder ir pra o futsal. Então temos que fazer essas coisas, então temos que gritar muito, só porque temos que fazer algumas coisas legais e xauzinho!" No primeiro dia de treino ele me disse também: "Mãe, nada de ficar dando gritinhos 'PP, PP'. Se você der um gritinho desses eu não faço nada que você me pedir quando chegar em casa e não tem como pedir desculpas."

Já na natação, manda beijinhos para mim e tudo que faz olha para ter certeza de que eu estava vendo. É muito fofinho! Fiz um vídeo dele na piscina aqui do prédio depois de duas aulas de natação na escola: http://www.youtube.com/watch?v=IoyeBzkiXpM

Semana passada, quando fui deixá-lo na escola, um coleguinha que mora no prédio aqui em frente saiu junto com a gente. Ele nem deu bola para PP e pouco depois disparou na nossa frente e correu até a escola. Quando chegamos lá o menino disse: "Eu ganhei e você perdeu!" Aí PP falou: "Eu ganhei da minha mãe e não valeu porque não tinha um adulto perto de você." Achei tão bonitinho.

Essa semana PP está metido a rapaz. Quer fazer tudo sozinho e tudo que passa na televisão ele diz que já sabe fazer. Nas olimpíadas de inverno ele sabe praticar todos os esportes. Estava passando a patinação artística e ele disse: "Olha, mãe, o que eu sei fazer." Abriu as pernas e deu uma rebolada completamente sem jeito. Quando perguntei o que era aquilo, me falou: "É um exercício pra eu não perder a minha equilibração".

Hoje fomos até a padaria e PP deixou um biscoito que estava comendo cair no chão. Antes que eu brigasse, pegou o biscoito do chão e me entregou dizendo: "Mamãe, eu te amo!” Tudo para não receber uma reclamação.


PP: o nadador


20 de fevereiro de 2010

Continuando o post anterior...

Ainda em João Pessoa, estava arrumando PP depois do banho e ele disse: "Mãe, assim que você terminar de me arrumar eu vou correr lá pra sala porque não aguento mais esses gritos 'lindo! lindo!' e esses abraços." Quanta modestia!!!

Quando fomos ao Mercado de Artesanato com Tia Alice, Mainha comprou um barco de madeira bem grande para PP, que colocou sobre a cômoda do seu quarto, segundo ele, para enfeitar o quarto. Entrou pela janela um ventinho um pouco mais forte e o barco caiu no chão e arrancou o suporte que segurava-o. Quando viu, PP falou: "Mãe, se essa 'ventaria' não parar, eu vou comprar um isopor e vou colar na minha janela. Nunca mais esse vento vai entrar e derrubar meu barco!"

Jogando no computador ele convidou, ou melhor, intimou o pai a jogar com ele: "Papai, vem jogar comigo. Eu sou o jogador e você é o 'dizedor' das coisas!" Ele falou isso porque tem joguinho que é preciso ler as instruções. Quando o pai não quis mais brincar ele se zangou e disse: "Esse é o pior pai que eu já tive na vida. Mãe, tô pensando em trocar esse pai por outro melhor." Perguntei como trocaria e ele disse: "Sei não, depois eu penso sobre isso". Quando o pai chega do trabalho à noite, é um Deus nos acuda! PP fica na cola, em cima do pai mesmo. Samuelson se irritou dia desses aí PP falou: "Mãe, o meu pai é um 'fugidor'. Ele vive fugindo do meu amor!"

Praia do Jacaré

Ponta do Seixas

Instituto Ricardo Brennand

Armaduras Medievais - Instituto Ricardo Brennand

Instituto Ricardo Brennand

Centro do Recife - Galo da Madrugada

Veleiro Sagres

Marinheiro do Veleiro Sagres

Veleiro Sagres




Dias intensos

Olá!!! Demorei mais do que o de costume para postar, e vou compensar com uma postagem enorme. Tenham paciência para ler! É que os últimos dias foram bem intensos. Tia Alice (tia-mãe do Samuelson) veio passar uns dias aqui com a gente. Foi muito bom! Passeamos muito, comemoramos o aniversário do Samuelson e passamos alguns dias em João Pessoa. Lá fizemos os passeios de praxe, mas também tiveram as oportunidades inesperadas. Fomos até a Estação Ciência e conseguimos ir ao Planetário Digital que tinha lá. Chegamos bem na hora e só haviam 4 lugares disponíveis e estávamos em 4. Na verdade 4 e 1/2 (eu, Mainha, Tia Alice, D. Jacira e PP). Foi muito legal. PP adorou. Passou o tempo todo perguntando. Recomendo para todos que tiverem a oportunidade. Aqui no Recife o inesperado foi visitar um veleiro português de 90 metros (enorme!) que estava aberto à visitação. É muito lindo!!! Nunca tinha visto nada igual. Também fomos ver o galo. Não o bloco, mas o galo montado no centro. Eu também não sabia que era tão alto. Ficou faltando Itamaracá e a tapioca (de cartola) de Olinda, na praça da Sé (feita na barraca da Dani). É maravilhosa e recomendo para qualquer pessoa que gosta de uma boa tapioca. Sempre que vou lá só como essa.

Fizemos uma feijoada no domingo para comemorar os 40 anos do meu marido. Mas tivemos um pequeno problema com o bolo. Mainha encomendou à Beth, amiga dela da Igreja que faz bolos, doces e salgados maravilhosos. Só que achamos que ela pensava que o aniversário era meu, porque veio um bolo cor de rosa. Foi engraçado e estávamos em família, graças à Deus! PP passou o tempo quase todo assistindo televisão. Brincou muito pouco e não quis tirar nenhuma foto com o pai. Quando fui conversar com ele que o papai estava triste porque fez 40 anos e não tinha uma foto com o filho, ele disse que foi porque não gostou da cor do bolo. PP e suas justificativas...

Ele agora está todo pensativo e dando explicações para tudo. Dia desses me perguntou se eu sabia o que é a lua. Respondi que não para saber o que ele diria, e a resposta foi: "A lua é o sol que Deus enrolou uma nuvem, aí o sol ilumina a nuvem e fica igual a lua." Meu astrônomo e seus devaneios!

Mas PP não tem apenas uma profissão. Também é cozinheiro e vendedor de doces. Dia desses fizemos cookies e ele queria que eu fizesse por sua receita que levava feijão, molho de salada e açúcar. Em outro dia cortou um pedaço de isopor, colocou num potinho plástico, disse que eram docinhos e perguntou se eu queria comprá-los. Perguntei os sabores e ele respondeu: "Carbonato de soja, carne e doce".

Outro dia estávamos assistindo "HI 5" e os apresentadores eram esquiadores. PP me chamou e disse: "Olha mamãe, eu tô treinando aqui umas manobras pra eu ser um 'isquiiísta' quando eu crescer". Ainda bem que ele ainda não precisa escolher o que será quando crescer.

Há alguns dias o Samuelson comprou tinta, cartolina, pincéis, várias coisas para PP "fazer artes". Ele tem assistido muito o Mister Maker da Discovery Kids e sempre pede para fazermos as coisas que ele faz. Mas a arte não se limita aos papéis ou objetos. Suja tudo e todos. Ele derramou tinta no chão de propósito e dei um tapinha que nem pegou direito nele. Aí foi cambaleando até o quarto e se jogou no chão. Só que fez isso sem olhar direito e se machucou. Como é o "rei da reclamação" disse que a culpa do seu machucado era do pedreiro que não colocou um chão de borracha. Falei que a culpa era dele mesmo que sempre se joga no chão, aí respondeu: "O problema é que o pedreiro não projetou essa casa pra os filhos, porque o chão é feito de grãos e esses grãos fazem os filhos escorregarem e se machucarem." Depois de tanta teoria sobre construção, foi tomar banho com o pai. Quando estava colocando o pijama nele, viu a Ferrari que Painho trouxe dos Estados Unidos e perguntou quando iria brincar com ela. Respondi que quando parasse de quebrar os brinquedos eu deixaria, aí falou com cara de choro: "Mas quando eu vou brincar com uma Ferrari tão linda que um avô deu 'prum' filho?" Aí perguntei desde quando ele é filho do avô e ele respondeu: "Mãe, você às vezes é tão boba e não entende. Aquela Ferrari foi que um avô deu 'prum' filho de uma pai e de uma mãe!" Ele tem saída para tudo. Até quando fala besteira.

Vou encerrar essa postagem, mas vou continuar em outra para não ficar tão longa.