14 de junho de 2009

Estudante nota ... deixa pra lá!





Pedro Henrique e seu melhor amigo, Thiago.



Olá! Depois de passar uma hora e meia digitando uma nova postagem, meu belíssimo computador fez o favor de apagar tudo e salvar uma página em branco. Deu-me vontade de chorar. Mas já me acalmei e, embora seja madrugada, vou digitar tudo novamente. Finalmente o meu celular está funcionando e posso postar tudo que está atrasado. Tenham paciência para ler, porque é muita coisa, mas vale a pena.

PH está numa fase muito engraçada. O que espero que não passe nunca, porque é muito divertido. Descobri a fórmula para fazê-lo comer bem nas refeições. O único problema é que não agüento mais fazer de conta que estou comprando carrinhos, caminhões ou aviões. Ele faz uma fila com os brinquedos e eu tenho que comprar todos. O bom é que ele sempre pergunta se precisa comer tudo e até quando fazemos alguma refeição fora de casa, não me dá mais trabalho. Outro dia ele fez uma corrida “tremosa” que, segundo seu dicionário, quer dizer “uma corrida cheia de carros”. Fomos almoçar num restaurante de fast food chamado Bugaloo e tinha um segurança que ficava de pé o tempo todo. PP me perguntou o por que daquele “guarda” estar lá e falei que era para ver quem deixava comida no prato. Em um determinado momento parei de dar a comida porque ele já estava satisfeito, mas continuava comendo para o guarda não brigar.

Carro é a grande paixão da vida dele. Quase sempre tem um na mão. Quando não está brincando com eles, está vidrado na televisão assistindo seus dvd’s. Os que ele mais gosta, além dos de corridas de carro, são os dos Backyardigans. Em um dos desenhos a Tasha fala sobre o “gêiser borbulhante do deserto de Gobi” e PP fala o “xízer bobulante do deserto de Gómis”. Ele ainda fala como entende e não aceita correções. Perdi a conta de quantas vezes o corrigi quando fala “anobras” ou “nobras” no lugar de manobras. Sabe aquela história de “o cliente sempre tem razão”? Com Pedro Henrique, ele sempre tem razão. Em outra ocasião ele falou: “De agora em diante só vou assistir ‘tô com medo de você.” Que é outro episódio dos tais Backyardigans, aos quais devemos grande parte do vasto vocabulário do nosso filho. Outro desenho que foi engraçado quando compramos foi “Mogli, o menino lobo”. PP chamou de “Bobi, o menino bobo.” Às vezes o deixamos assistir tv aberta, dependendo do que esteja passando. Ele já tem os programas preferidos que não deixa de assistir. Auto Esporte, da Globo, o deixa olhando para a televisão sem nem piscar. Ele fala que é o seu programa. Até o xixi segura para não perder um só modelo de carro e ainda escolhe o que terá no futuro. Assistindo uma propaganda do enxaguante bucal Listerine ele me chamou eufórico: “Mamãe, tu não vai acreditar um Listeringue que deixa todos os ‘dengos’ fortes e a ‘gingiba’ saudável!”

Mas como tudo tem um lado negativo, não podemos passar pela Redetv no domingo a noite. Ele não pode ver as paniquetes do Pânico que fica mandando deixar lá porque ele adora ver mulher pelada na praia ou de biquíni. É a maior confusão! Ele já tem um padrão de beleza na cabecinha e isso fica mais evidenciado a cada dia. Hoje ele viu um senhor muito barrigudo no restaurante e ficou admirado. Eu perguntei o que ele estava olhando e falou: “Você viu o tamanho da barriga dele”. Folheando uma revista minha ele viu um anúncio da C&A que tinha três modelos. Sem pensar duas vezes olhou para mim, apontou para a Alessandra Ambrosio, que é maravilhosamente linda e falou: “Mamãe, eu queria que essa aqui fosse minha mãe, mas eu escolhi você”. Depois apontou para a Emanuele de Paula e disse: “Eu queria que essa aqui fosse minha tia, mas eu escolhi Tia Simone”. Resumindo, ele achou as duas bonitas e queria que nós fôssemos iguais a elas. Outro dia eu comentei que estou ficando velha e ele entrou na conversa e disse: “Você não está velha. O seu braço ainda é macio. Velhas tem o braço cheio de caroço”. Aqui no prédio tem uma mini-academia e vez ou outra desço com ele para fazer um pouco de esteira e deixá-lo brincar lá em baixo. Da última vez o coloquei sentado em um dos aparelhos e fui dar minha cainhada na esteira que fica bem em frente. Não percebi, mas ele estava me observando. Então falou: “Mamãe, você ta fazendo exercício e o seu bumbum ta fazendo feiúra. Ele fica fazendo assim, ó...” E balançou a cabeça para um lado e para o outro. Na hora, quase caio da esteira de tanto rir, mas depois percebi que o que tenho a fazer é ser freqüentadora assídua da academia para não ouvir isso novamente. kkk

Só que nem só de críticas o meu filhotinho vive. Ele tem muitos momentos ternurinhas. Tudo bem que esse carinho pode ser com duplo sentido, mas sempre é gostoso de ouvir. Essa semana ele disse: “Você é a bruxinha mais linda do meu coração e o papai é o bruxinho mais lindo do meu coração”. Em outra ocasião, estávamos no carro ele disse: “Eu tô cheio de declaração de amor pra vocês. Pro papai e pra mamãe. Mas eu não vou dar agora, não”. Aí o pai disse que iria amar as tais declarações e ele respondeu: “Mas você não pode amar tudo não, tá? Tem que deixar pra mamãe também”. Tem também a questão do coração pequeno. Ele havia falado que seu coração era muito pequeno e que por isso não cabia muita gente. De uma hora para outra reverteu isso: “Eu mudei essa história de ter coração pequeno. Agora todos que me amam cabem dentro do coração do Pepêsinho”.

Fui levá-lo à escola semana passada e sentei para conversar com a tia e saber como está o comportamento do meu rapaz. Ela falou que ele está muito melhor e que morre de rir porque ele tem justificativa ou desculpa para tudo. Sempre desobedece por estar irritado, ou porque não comeu, ou porque comeu muito, ou porque não dormiu direito a noite. Nada fica sem explicação. E desse mesmo modo é em casa. Perguntei por que ele não consegue ficar quieto um só minuto e ele justificou: “Mamãe, eu não consigo ficar quietinho. Jesus me fez diferente das outras crianças. Eu só consigo ficar me mexendo”. Samuelson perguntou por que ele desobedece tanto e a resposta foi bem vaga: “Papai, boa pergunta!” Ele pode até não dar uma resposta convincente ou justa, mas a última palavra sempre é dele. E Por falar em Jesus, Ele ou Deus tem sido uma constante aqui em casa na boca de PH. O nosso chuveiro queimou e Samuelson foi trocar com a ajuda do segundo homem da casa. O pai pedia e ele passava as ferramentas. Lá pras tantas, depois de trocado, o chuveiro esquentou muito e precisou ser mexido novamente. Só que Pedro Henrique perdeu o alicate. Procuramos na casa toda e não encontramos. Ele ficou nervoso e, para se isentar da culpa, a jogou para cima de mim dizendo: “Eu não acho o alicate. Ele sumiu antes’deu’ ta aqui. Mamãe, será que foi Deus que castigou você?” Aí o pai perguntou por que Deus me castigaria e ele completou: “Deus castiga mães que não obedecem o filho. Vocês não me respeitam e nem falam direito comigo”. Nessas horas perdemos completamente a razão, porque rimos muito. Depois ele estava cabisbaixo e disse: “Eu to triste porque perdi o alicate por Deus”. Acho que ele quis dizer que Deus fez ele perder o alicate.

Sempre estamos indo à Igreja e em um dos dias que não conseguimos ir porque o pai não chegaria a tempo, quando fui comunicá-lo ele disse: “Eita lasquêra, meu camarada”. Por falar em Igreja, PH foi citado pelo pastor porque sempre levanta o braço quando o pastor pergunta alguma coisa. Dia desses perguntaram quem tem problema de insônia e lá estava aquele braçinho magrelo levantado. Foi muito engraçado!

Quarta-feira a seleção brasileira esteve jogando aqui em Recife e passamos quatro dias correndo para a janela toda vez que escutávamos a zoadeira das sirenes da polícia parando o trânsito para o ônibus com a seleção passar. Se perguntar a PP qual é o seu time, fala que é o Brasil. E ficou muito empolgado todas as vezes que vimos o ônibus. Ele assistiu ao jogo até o final e gritou “gol do Brasil” da janela nos dois gols. Na expectativa de ver mais uma vez o tal ônibus, ele não queria dormir depois do jogo e ficou argumentando. Na última tentativa de permanecer acordado ele falou: “Mamãe, acho que hoje é um belo dia para montar aquele quebra-cabeça do Homem-Aranha”. Mas não teve acordo, já estava muito tarde. Em outro dia de jogo, só que Sport X Flamengo, ele disse: “Eu queria que o Sport fazia muitos ‘gois’”

Depois de algum tempo sem levá-lo para brincar na praia a noite, fomos ao parquinho. Ele tratou de fazer amizade com dois meninos maiores que ele se tornou um “caçador de siri”. Foi uma graça! Os três com pedaços de madeira procurando buracos na areia da praia. Mas como devemos dar dinheiro, mas não liberdade para ele, no outro dia ele queria ir novamente. Só que estava nublado e quando me perguntou o que era nublado e eu falei que era o céu com nuvens de chuva e sem ver as estrelas ele argumentou, como sempre: “Mamãe, aqui é diferente de João Pessoa. Lá só tem casa, por isso dá pra ver as estrelas. Aqui em Recife só tem muito prédio, que esconde as estrelas. Mas eles tão ali, ó... depois daqueles prédios”. E apontou em direção à praia. Ele nunca desiste de algo que quer muito. Perseverança é o seu forte.

Hoje foi a festinha junina da escola e ele brincou o tempo todo, até na hora de dançar. Em casa cantou e fez os passinhos bem certinhos. Quando chegou lá só queria saber de brincar com Thiago, seu melhor amigo. Os dois não se desgrudam! Até o avô do Thiago está louco para conhecer “Pedrinho”, que é como o chamam na Igreja e na escola.
Durante a próxima semana PH fará suas primeiras provas. Estou ansiosa por isso, embora acredite que ele vai mandar muito mal. Ele não tem paciência para fazer as tarefas. Só ficam bem feitas quando está com muita vontade fazer. Só me resta orar e pedir à Deus que ele esteja com essa vontade raríssima nos próximos dias. Depois posto os resultados. kkk
Ufa! Terminei. Até a próxima!





Nenhum comentário:

Postar um comentário